Bolsonaro entregará passaporte e cumprirá ordem de não manter contato com investigados, diz advogado

  • 08/02/2024
(Foto: Reprodução)
Fábio Wajngarten, que representa o ex-presidente, comentou operação desta quinta-feira (8) em rede social. Investigação mira ex-presidente, ex-ministros e militares por tentativa de golpe de Estado. Advogado Fábio Wajngarten e ex-presidente Jair Bolsonaro ANDRE VIOLATTI/ESTADÃO O advogado Fábio Wajngarten, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse nesta quinta-feira (8) que ele vai entregar o passaporte após a operação da Polícia Federal que mira o ex-presidente, ex-ministros e militares, por tentativa de golpe de Estado. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na decisão, ele determinou a entrega do passaporte de Bolsonaro e o proibiu de manter contato com outros investigados. Segundo Wajngarten, as duas medidas serão cumpridas. "Em cumprimento às decisões de hoje, o Presidente Jair Bolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes. Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados", escreveu em uma rede social. O auxiliar citado por Wajngarten é Tércio Arnaud Tomaz, que estava com o ex-presidente em uma casa em Angra dos Reis (RJ) no momento da operação, e também é investigado. Ele teve o celular apreendido. Operação da PF mira aliados de Jair Bolsonaro; ex-presidente terá que entregar passaporte Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos. Segundo a Polícia Federal, o grupo é investigado por tentar dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foram presos nesta quinta: Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército. O coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto, alvo do quarto mandado, não foi detido porque está nos Estados Unidos. O mandado de prisão será enviado ao Exército para que notifique o militar. Os mandados de busca e apreensão atingem: Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição; Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública; general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército; almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha; general Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado "gabinete do ódio"; Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército. Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército; Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares; Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como "mentor intelectual" da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres; Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello; Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres; Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas; Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres; Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid; José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco; Laércio Virgílio; Mario Fernandes, comandante que ocupou cargos na Secretaria-Geral e era tido como homem de confiança de Bolsonaro; Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército; Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército. Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal. Ainda de acordo com o material divulgado pela PF, o grupo investigado "se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital". A operação foi chamada pela Polícia Federal de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", em latim.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/02/08/bolsonaro-entregara-passaporte-e-cumprira-ordem-de-nao-manter-contato-com-investigados-diz-advogado.ghtml


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