Após cobrança de Lira, Lula diz que não é hora de 'discurso duro', mas que governo tem que cumprir acordos

  • 08/02/2024
(Foto: Reprodução)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista nesta quinta-feira (8) Reprodução O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (8) que pretende conversar em breve com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em meio às tensões entre o governo e o Congresso. O embate se acirrou publicamente após o discurso de Lira na abertura do ano legislativo, afirmando que o Orçamento não é só do Executivo. Ao comentar a fala em entrevista a uma rádio mineira, Lula disse que "não é momento de discurso duro", mas que o governo tem que cumprir os acordos feitos com os parlamentares, uma das reclamações do presidente da Câmara. "Eu devo conversar com o presidente Lira por esses dias e ver o que é que está acontecendo. Estamos chegando no Carnaval, não é momento de discurso duro. Momento de alegria, momento de a gente relaxar um pouco, dançar, gastar um pouco de energia e voltar mais calmo depois do Carnaval. É isso que eu espero, sabe, de mim, do Lira, Pacheco, da classe política", disse. "O que que eu acho que o Lira pode ter razão. Se o governo fez acordo dentro do Congresso Nacional ou através do nosso ministro de Relações Institucionais, ou do ministro da Fazenda, fez algum acordo, a gente tem que cumprir. Quando você não cumpre o acordo feito, o resultado é que vai ficar mais caro. Isso eu aprendi há muito tempo", afirmou. Lula afirmou na entrevista não assistiu ao discurso de Lira na segunda-feira (5), mas disse que o deputado falou 'para o seu povo' no plenário da Câmara. Na ocasião, Lira disse que os deputados "não foram eleitos para serem carimbadores" das propostas do Executivo e que o Orçamento da União deve ser construído em contribuição com o Legislativo. O discurso do deputado foi feito em um momento de disputa entre governo e Congresso pelo controle do orçamento, por meio de emendas parlamentares. O governo federal vetou, tanto na Lei de Diretrizes Orçamentárias quanto no Orçamento, trechos aprovados por parlamentares que ampliariam os recursos destinados pelo Congresso a suas bases eleitorais, além de acelerarem o pagamento por parte do Executivo. Lula foi questionado na entrevista se a melhora da relação com parlamentares passa pela distribuição de cargos ou de fatias do orçamento. O presidente declarou que não há previsão de reforma ministerial e justificou o veto. "Orçamento foi aprovado, havia uma determinada quantia em dinheiro disponibilizado. Na medida que eles colocaram alguns milhões a mais, eu fui obrigado a vetar. Porque a inflação comeu no primeiro dia 4,5 bilhões da receita do governo federal. Eu não posso nem gastar o que eu não tenha e nem pagar emenda com dinheiro que não tenho. E todo mundo é esperto em saber disso. Ali na Câmara, o menos sabido coloca uma linha em uma agulha com luva de boxe", disse. Lula também afirmou que a experiência à frente do Planalto lhe mostra que a 'boa política' ensina que não o presidente da República não deve interferir na escolha dos comandos da Câmara e Senado. Em fevereiro de 2025, deputados e senadores escolherão os substitutos de Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 'A boa política é o presidente da República não se meter na escolha do presidente da Câmara e do Senado. Presidente tem que ter preocupação é depois que tiver eleito, ele construir uma boa relação com quem foi eleito', disse Lula. Relação com Milei Lula também afirmou na entrevista que ainda não teve contato com o presidente da Argentina, Javier Milei, que tomou posse em dezembro após uma campanha na qual teve apoio de Bolsonaro e criticou Lula. O petista afirmou que a relação institucional entre Brasil e Argentina é forte e que Milei fez os discursos que achou necessário para agradar seus eleitores. Lula declarou que o desempenho da economia do país vizinho terá impacto no Mercosul, bloco composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. "Obviamente que você vai ter a possibilidade de um enfraquecimento do Mercosul a depender do comportamento da economia argentina, mas não vejo maiores problemas com o Brasil. Não vejo nenhum problema, sabe, Milei fez os discursos que quis fazer, ganhou as eleições, agora ele tem que governar. E vamos ver a diferença entre a teoria e a prática", disse.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/02/08/apos-cobranca-de-lira-lula-diz-que-nao-e-hora-de-discurso-duro-mas-que-governo-tem-que-cumprir-acordos.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Liberdade Provisória

Henrique e Juliano

top2
2. Graveto

Marília Mendonça

top3
3. A Gente Fez Amor

Gusttavo Lima

top4
4. Com ou Sem Mim

Gustavo Mioto

top5
5. Aí eu Bebo

Maiara & Maraisa

Anunciantes